quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Ônibus noturno

Acaricio teus cabelos como ondas serenas,
Sinto tua suavidade encostada sobre meu peito,
Beijo-te e observo as luzes la fora...
Tua existência sobre mim me faz calmo.

Devaneio no caminho para casa e tu descansas
Filosofo, e a única certeza é esse o meu amor.
Abraço-te e espero...

Enfim, quando o destino da sua viagem súbito chega
Você levanta e se despede.
Fico com vestígios de tua beleza, sereno,
com a certeza que tu virás no amanhã.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Pequena tela do futuro

Olho a tela branca do futuro com olhos secos
o futuro é uma tela pequena
que vejo entre minhas mãos.
Pobre tecnologia rica
Através de ti, lanço letras em um mar desconhecido
Onde habitam seres invisíveis, não catalogados, gente.
Através de toques sutis, vejo palavras virtuais, vejo um poema em bits.
Uma conversa ao nada comigo mesmo, jogada ao nada, nessa rede de ninguém.
És futuro, és tudo, tela pequena...
És a alma em nossas mãos, movida a bateria que não dura nada.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Chuva renovadora

A chuva que cai é sempre boa
ela molha tudo que carregamos quando pega a gente de surpresa
e isso não importa
afinal, tudo que carregamos é vaidade, documentação inútil e preocupações.
Tudo vira coisa molhada, tudo ela penetra e umidece. Depois dela tais coisas não são mais as mesmas.
Renovam-se através da água.
O posterior dia de Sol vem e nos mostra
que temos que brilhar de novo e
partir para o alto.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Escravos das Sensações

Somos escravos das sensações.

Ser assim é nosso destino. Uma pedra atirada em mim me ordena a dor. Uma flor me obriga a sentir seu perfume quando cheiro-a. O gosto do sal é a sua ordem, que cumpro no paladar.

Cabe a nós escolhermos os melhores amos possíveis nessa vida.